quarta-feira, 1 de maio de 2013

Palestra no Centro Espírita Paulo de Tarso Parte 2: Depoimentos de adictos e visão espírita

Pamela, Gilmar, Anderson e Antonio Dias

Depoimentos de 3 adictos, sendo um ex-dependente


           “Quando você for se dedicar ao trabalho social, primeiramente dê alimento àquele ser, depois fale sobre Jesus”. A. Dias

            O princípio básico para querer ajudar essas pessoas, é sem dúvidas o amor.

            Os três foram muito respeitados pelo fato de estarem se expondo, falando sobre suas vidas, vícios, e entenderam a importância deste passo, que pode vir a ser o primeiro para uma oportunidade de conscientização.

Pamela – 26 anos
Sua mãe ainda é traficante, já lhe deu drogas, e desde de pequena ajudava em todo processo do tráfico, como embalar e vender. Seu pai era usuário de heroína e faleceu de Aids. Foi deixada pela mãe para ser criada por outra família,. É dependente de cocaína, bebida alcoólica, maconha e mesclado (maconha e crack). Tem mais familiares adictos. Usou drogas durante a gravidez, mas não quer a mesma vida para seu filho que está com 11 meses. Acredita que faltou estrutura familiar, e culpa seus pais pela situação, às vezes sente-se deprimida após o uso, embora já tenha tentado parar, não consegue, pois mora na favela, e a tentação é enorme.

Anderson – 26 anos
É usuário de cocaína, maconha, crack e bebida alcoólica. Tem 10 irmãos e 3 filhos pequenos, e vive uma “vida loka”, já traficou, cometeu pequenos delitos, já levou tiro e foi preso.

Gilmar – 46 anos
Morava nas ruas, mesmo possuindo família, a qual não tem contato. Tornou-se evangélico, e no momento se considera um ex-alcoólatra, porém não deixa de ser um adicto. “Minha felicidade era um samba e beber, emprego que é bom nada, eu esquecia que existia”.

*A palestra foi encerrada com uma oração feita por Gilmar.

 

A visão espírita segundo Antonio Dias


            De acordo com Allan Kardec todos somos médiuns e temos a capacidade de intermediar os espíritos em maior ou menor intensidade, temos a capacidade de desenvolver nossa acuidade perceptiva, ou seja, perceber mais as coisas. O uso de drogas desarmoniza a parte orgânica e psíquica, bloqueando totalmente esses sentidos.

            Segundo a Doutrina Espírita, todo ser encarnado é um espírito, e muitas vezes há uma predisposição psíquica vinda de elementos de vidas passadas, que influenciam na dependência química.

            Todos nós emanamos fluído vital, chamado ectoplasma. Espíritos desencarnados e obsessores precisam da emanação desses fluidos, muitas vezes potencializam o ectoplasma, induzindo o médium ao uso das drogas, passando a ser uma relação simbiótica.

Simulação: Usuário de drogas e obsessor

Ninguém está livre do acesso às drogas, inclusive dirigentes espíritas, ou médiuns passistas que muitas vezes fazem uso das mesmas, mas deviam ter vergonha, e tomar consciência e ter ética espiritual por seus atos, e jamais doar fluidos impregnados.

É essencial uma profilaxia bem feita, educar é primordial, e deve começar em casa, e não exigir que seja feito em escolas, pois os professores simplesmente não conseguem dialogar com os jovens, não conseguem formar homens pensantes e construir caráter, pois os alunos são bombardeados de informações e outros atrativos pela mídia. Alcançar o jovem antes que seja influenciado por colegas. Vemos muitas vezes jovens considerados ‘CDF’s’, ou seja, muito estudiosos, sofrerem bulling (preconceito e zoação) por parte de colegas, que também se incomodam com aqueles que possuem um campo fluídico bom, e agem com agressividade.

Conscientizar os jovens para formação de uma identidade, desde pequenos, para que sejam espíritos mais habilidosos, pois dá muito trabalho reeducar os espíritos atrasados, que quando desencarnam estão desequilibrados, condicionados e habituados ao campo fluídico negativo, e quando chegam ao plano espiritual passam por campos de desobsessão, e cirurgias espirituais, pois a droga simplesmente deformou o psiquê do espírito, além da lacuna psíquica que fica em sua mente. No plano espiritual, são avaliados quando querem reencarnar, para ver a possibilidade, se estão aptos e maduros para uma nova existência.

Estamos em um mundo de provas e expiações, em um momento de regeneração do planeta, por isso vemos tantas dificuldades, tanto sofrimento. Precisamos aproveitar a reencarnação para despertar a consciência para os valores construtivos, buscar se auto conhecer, e formar uma personalidade madura, dando um sentido a nossa existência, nada é mais importante do que a alma, e o caminho do bem ajuda na formação da nossa identidade, e a ter a chance de ser uma pessoa feliz.

Preparar-se para a pressão de familiares e amigos, e verdadeiros ‘obsessores encarnadas’, que criticarão nossa postura. Assim chegaremos à maturidade espiritual, e entenderemos que “a vida é, e sempre será o maior bem da nossa existência”.




Palestra sobre Drogas com foco em Crack e depoimento de dependentes no Centro Espírita Paulo de Tarso/São José dos Campos em 19/04/2013


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