quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

"Antagonistas" - Livro Sinal Verde

Cap 13. Antagonistas 


O adversário em quem você julga encontrar um modelo de perversidade talvez seja apenas um doente necessitado de compreensão. 

Reconheçamos o fato de que, muitas vezes, a pessoa se nos torna indigna simplesmente por não nos adotar os pontos de vista. 

Nunca despreze o opositor, por mais ínfimo que pareça. 

Respeitemos o inimigo, porque é possível seja ele portador de verdades que ainda desconhecemos, até mesmo em relação a nós. 

Se alguém feriu a você, perdoe imediatamente, frustrando o mal no nascedouro. 

A crítica dos outros só poderá trazer‐lhe prejuízo se você consentir. 

A melhor maneira de aprender a desculpar os erros alheios é reconhecer que também somos humanos, capazes de errar talvez ainda mais desastradamente que os outros.

O adversário, antes de tudo, deve ser entendido por irmão que se caracteriza por opiniões diferentes das nossas. 

Deixe os outros viverem a sua própria vida e eles deixarão você viver a existência de sua própria escolha. 

Quanto mais avança, a ciência médica mais compreende que o ódio em forma de vingança, condenação, ressentimento, inveja ou hostilidade está na raiz de numerosas doenças e que o único remédio eficaz contra semelhantes calamidades da alma é o específico do perdão no veículo do amor.


Fonte: LIVRO SINAL VERDE (pelo Espírito André Luiz e psicografado por Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

"A Outra Porta"




A outra porta


          Talvez isso já tenha acontecido com você, pois é uma cena muito comum em estacionamentos de shoppings e condomínios.

          Você chega para apanhar o carro, geralmente com pressa, mas outro veículo está estacionado bem ao lado do seu, impedindo você de abrir a porta e entrar no carro.

          O que fazer, então?

          Xingar, chamar o irresponsável e dizer-lhe umas verdades, brigar com o porteiro, com o síndico, ou chutar os pneus do veículo infrator...

          Essas talvez sejam as atitudes mais comuns. Mas será que resolvem o problema?

          Ou será que acabam azedando ainda mais o seu dia e provocando um atraso maior aos seus compromissos?

          Embora para muitos de nós as reações violentas sejam as que brotam mais facilmente, é importante pensar em soluções, em vez de nos debater e piorar a situação.

          Indignados com o motorista descuidado que bloqueou a porta do nosso veículo, provocamos uma guerra de nervos.

          Mas uma guerra que acaba só com os nossos próprios nervos, pois o infrator talvez esteja dormindo, fazendo suas compras calmamente...

          Nesse caso, não seria melhor pensar um pouco e buscar uma solução para o problema?

          Quando desejamos solucionar o problema em vez de encontrar e punir o culpado, nós acharemos outra saída, ou melhor, outra entrada...

          Há uma porta do outro lado do veículo, a porta do passageiro. Que tal entrar por ela? Dá um pouco de trabalho, mas dá certo.

          Seria uma solução inteligente. Resolveríamos o problema e pouparíamos os nossos nervos.

          Figuradamente, em todas as situações da vida há sempre uma outra porta, uma outra janela, uma outra saída...

          Basta que desejemos encontrar soluções e não culpados.

          O que geralmente nos paralisa e nos embrutece diante de situações difíceis, é o orgulho.

          O orgulho é sempre um mau conselheiro, em todas as circunstâncias.

          O orgulho sempre sugere que isso não pode ficar assim, que é preciso dar uma lição no responsável pelo problema, que é preciso revidar, tomar satisfação, brigar.

          Já a sabedoria aconselha: Saia dessa, busque a outra porta, não vale a pena declarar guerra, você também erra e, quando isso acontece, você deseja o perdão e a indulgência.

          A sabedoria diz: Vá em frente, não detenha o passo. A sua irritação não solucionará problema algum. Aja com inteligência, não reaja. A reação é própria dos irracionais.

          Optar entre os conselhos do orgulho ou os da sabedoria, cabe exclusivamente a você e a ninguém mais.

           Assim, lembre-se sempre que tornar as coisas mais difíceis ou facilitá-las, é uma decisão sua. Só sua.

            E facilitar pode ser exatamente dirigir-se à outra porta, abri-la, entrar, dar partida e tocar em frente, sem irritação, nem aborrecimentos desnecessários.

* * *

           Os rios, caudalosos ou não, diante dos obstáculos desviam seu curso, superam barreiras e seguem seu caminho, levando em seu leito inúmeros benefícios por onde passam.

           Você, mais do que os rios, traz em sua intimidade mil maneiras de contornar obstáculos e solucionar problemas, com sabedoria.

           Se a vida o impede de entrar por uma porta, abra outra. Contorne os obstáculos, vença os desafios. Você é capaz.

           Pense nisso!

Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 5, ed. Fep.
Em 12.03.2012.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

"Fazer Regime..."

Fazer Regime


          Fazemos regimes para emagrecer. Compramos livros, vamos aos especialistas. É natural: precisamos de saúde, de corpo mais livre.

          Fazemos ginástica para ter elegância física. Por que não podemos fazer um pouco de regime de desprendimento? Às vezes o pão apodrece dentro de nossa casa.

Chico Xavier

          Chico nos propõe um regime diferente: o do desprendimento, provavelmente mais difícil do que o regime de emagrecimento. Ao fecharmos a boca, emagrecemos fisicamente. Ao abrirmos o coração, robustecemo-nos espiritualmente. Muitos se dedicam a um corpo afinado, mas a alma está obesa pelo casa do vizinho, como sabiamente lembrava Chico.
       
          A comida que jogamos no lixo poderia saciar a fome de muita gente. As roupas que abarrotam nossos armários, sem nenhum uso de nossa parte, poderiam vestir irmãos que perambulam pelas ruas, acúmulo de coisas desnecessárias.

          O que sobra em nossa casa, provavelmente, falta na quase desnudos, e tiritando de frio. Os sapatos que já não nos tem serventia poderiam calçar companheiros de pés sangrando. Os livros que enchem nossas prateleiras poderiam minorar a ignorância de muitos.

          Vamos começar nosso regime de desprendimento e veremos quantas alegrias vamos sentir em nosso próprio coração. Mas, tal qual ocorre nas dietas de emagrecimento, não deixemos a iniciativa para aquela "segunda-feira" que nunca chega, em nosso calendário.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

"As Incoerências na Vida"


As incoerências na vida


          Hoje convivemos com inúmeras situações no transcorrer da vida, são acontecimentos que nos levam a pensar, o que realmente vale a pena? Escolher nos atos do dia a dia, valores, ética, criar produzir ou optar pelos caminhos mais fáceis, todos que o meio oferece ou subliminarmente sugere através de tantos mecanismos nunca explícitos, mas que a milhares seduz pelos conteúdos geralmente ilusórios, transvestidos da verdade plena e convincente, capazes de convencer ate cabeças cultas e pensantes, mas profundamente desprovidas de experiência e valores espirituais.

          Milhares embarcam em caminhos sem destino, sem direção, sem consistência do real saudável, muitos optam, apesar de acreditarem-se, conscientes e certos por um processo de auto destruição lenta e progressiva. Achando-se corretos desenvolvem ideias mórbidas e persecutórias geralmente fixando-se em pensamentos repetitivos porém prazerosos.

          Dai vamos encontrar nesta diversidade, homens com cargos e profissões relevantes, inúmeros nos representam através das leis, decidem investimentos e grandes projetos de ordem coletiva, influenciando diretamente a população de um país. Muitos de nós constantemente se perguntam: Porque? Pra que? Como pode? Pessoas muito capazes, cultas, detentoras de fortunas agirem com tanta posse e egoísmo, sempre querendo mais?

          A história sempre nos mostrou que o persona de cada ser, é uma atitude, é um legado particular. São atitudes que nascem no intimo de cada um, expressando nos atos comuns involuntários, e tendências a verdade absoluta do eu interior.

          Ninguém por mais habilidoso mentalmente que seja, é capaz de esconder sentimentos que a alma libera através das tendências inatas. Por isso encontramos tantas diversidades no agir, trazendo dificuldades para convivermos com as diferenças comuns, ficamos estarrecidos com o que estamos vivendo no dia a dia sem poder explicar tantos acontecimentos incoerentes inclusive em nosso convívio familiar, e mesmo que haja uma história e laços afetivos sempre surgem situações que nos remetem à reflexões para buscar o fio da meada e explicar tantas diferenças entre pessoas no mundo atual.

          Carregamos em nossa alma um passaporte, por isso urge e é necessário escolher bem o nosso destino. Dar direção, sobretudo, para que possamos chegar um dia dentro de nós e encontrar nossos reais valores de existir.

A.Dias