quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Ao Dia do Psicólogo: "Plantar sementes"



Plantar sementes


          Todo bom semeador procura sempre a qualidade no plantio como única forma de obter bons frutos em sua colheita. Para isso é necessário a dedicação, sobretudo um grande esforço para manter seus objetivos e conseguir resultados positivos.

          Os bons resultados são sementes a serem acondicionadas e tratadas com todo cuidado e esmero, a terra tem que ser muito bem preparada para recebê-las e permanentemente observada em virtude de possíveis alterações do tempo e visitas inconvenientes durante sua germinação, desenvolvimento e plena floração transformando-se em frutos.

          Assim é todo bom operário da terra, aquele que com mãos já calosas, sofridas pelo tempo, porém, muito hábeis, trazem o alimento real para fazerem viver corpos sedentos de nutrientes que manterão a vida física.

          Assim também são os psicólogos, seres humanos, pessoas simplesmente, de pai, de mãe, de filhos, de lágrimas muitas vezes, pois também sentem dor, por tantas causas sociais, quando veem pela consciência injustiças variadas, manipulações do poder, perversidades humanas, ambições que a nada levam senão a este quadro que vemos por aí na vida, sem um objetivo construtivo e salutar aos seres humanos.

          Quando ando pela rua, vejo muitos semeadores da área da psicologia, com um pequeno saquinho na mão, cheio de sementes boas, para plantar durante sua caminhada na estrada do tempo. São semeadores, porém, verdadeiros guerreiros do bem que certamente sempre por aí estarão, e jamais desistirão de construir um mundo mais justo e melhor a todos os seres humanos.

A.Dias

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Honrar Pai e Mãe

          

          O real valor da vida não está contido em tantos objetos e conquistas, os quais tanto buscamos e valorizamos em manobras e estratégias para se ter aquilo que nos acompanhará só até ali... Hoje propõem-se abraçar sempre mais e mais, para amanhã acordar buscando um sentido, uma só direção para a alma. 

A.Dias

'O baú'

Um homem, viúvo e idoso, vivia sozinho. Mesmo tendo trabalhado muito durante sua vida, agora já não podia trabalhar mais e o dinheiro estava no fim. Tinha três filhos homens, mas, já casados, estavam ocupados demais com suas famílias e quase não tinham tempo para visitá-lo. Sentia-se cada vez mais fraco e as visitas dos filhos eram cada vez mais espaçadas. “Eles não querem que eu me converta num peso para eles” - pensava.

Certa noite, preocupado pelo seu futuro, teve uma idéia. Na manhã seguinte chamou um amigo carpinteiro, e pediu-lhe que lhe fizesse um baú imitando os antigos baús de tesouro, com uma fechadura também de estilo antigo. Depois foi visitar outro velho amigo que era vidreiro e lhe pediu todos os pedaços de vidro que não lhe servissem. O ancião quebrou mais ainda os pedaços de vidro, encheu o baú com eles, fechou-o e o colocou no fundo do armário da cozinha onde guardava pratos, talheres, etc...

Um dia, em que seus filhos vieram jantar com ele, quando o ajudavam a pôr a mesa, descobriram o baú e lhe perguntaram:
- O que há neste baú?
- Nada - respondeu. - Apenas umas coisinhas que andei economizando...
Depois da janta, ao ajudarem o pai a recolher a mesa, perceberam que o baú era muito pesado e que ao mexer com ele se ouvia um barulhinho como de moedas.
- Deve estar cheio de moedas que foi economizando durante muitos anos - murmuraram entre si.

Decidiram, então, que deveriam vigiar aquele baú e para isso se organizaram para que cada semana um dos irmãos fosse viver com o pai, dessa maneira também poderiam cuidar dele. Na primeira semana ficou com ele o filho mais novo, na semana seguinte foi a vez do filho do meio e assim por diante, continuando assim por bastante tempo.

Finalmente, o pai adoeceu gravemente e morreu. Os filhos organizaram um belo enterro, pois sabiam que os esperava uma fortuna no baú do armário da cozinha, que compensaria todo aquele gasto.

Depois do enterro, os três irmãos procuram por toda a casa, a chave do baú e quando a acharam, abriram-no e descobriram que estava cheio de cacos de vidro.
- Que trapaça tão feia! - exclamou o filho mais velho.
- Eu não diria que foi tão feia assim, mas, ao contrário, uma bela trapaça - corrigiu o segundo filho. - Francamente, se não tivesse feito isso, não teríamos cuidado dele até o fim de sua vida, como fizemos...

O filho mais novo sentia-se muito triste:
- Estou envergonhado - disse. - Obrigamos nosso pai a fazer essa trapaça, porque não o tratamos como ele nos ensinou quando ainda éramos crianças...

Então,o filho mais velho esvaziou o baú no chão, para ter certeza de que não continha nenhum objeto de valor. Mas, no fundo do baú havia uma inscrição:
“Quinto mandamento: honrar pai e mãe”

(William J. Bennet)

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Mensagem de Dia dos Pais



“Este homem, Pai”


Fazer o seu melhor, está é a tarefa de tantos pais que trabalham de sol a sol, na busca do sustento para suas famílias. O papel do pai já é por si mesmo muito importante, mas nos dias de hoje com tanta competitividade profissional e restrições, como manter uma família que requer valores adequados para tal?

Dai é fundamental percebemos que o pai também é uma pessoa de objetivos e sonhos, que sente na pele as dificuldades para cumprir suas responsabilidades visando sempre o bem estar de todos os que o cercam em casa, e em muitas situações busca sacrificar-se para trazer o pão.

Mas tudo isso é parte do papel que escolheu quando optou por constituir uma família, o outro lado vem compensar todo trabalho que tem no dia a dia, que é a atenção e o carinho que todos trazem a si, a gratificação que sente por ter criado pequenas sementes que trarão frutos bons.

Mas também não podemos esquecer o pai de tantos, aqueles que abraçam os filhos do coração, que andam por aí da vida, filhos sem imagem paterna, pois muitos partiram em situações diversas que só na intimidade do destino de cada um vamos entender as razões de sua partida. E que conseguem ter sempre um espaço em seus braços para aconchegos.

Durante a semana passada, e especialmente no dia dos pais, optei por sentar-me na janela e ficar olhando o movimento, o frenesi comum entre as pessoas, quantos pais ausentes, longe de suas famílias, ou vivendo no anonimato da história, passando simplesmente...

Percebi que seres onipotentes e infalíveis não existem, existem sim simples heróis que fazemos ser na imagem de um homem a memória que todos nós guardamos na alma e amamos para sempre...

A.Dias

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Mediunidade, Obsessão e suas consequências

Palestra no CEIA (Casa Espírita Irmão de Assis) - Itatiba/SP

Palestra realizada no CEIA - Casa Espírita Irmão de Assis em Itatiba/SP dia 28/06/2014.

Mediunidade, Obsessão e suas consequências


Temos uma ferramenta utilíssima para entender muitas das alterações do comportamento humano, percepções variadas e alternadas que trazem para inúmeras pessoas um verdadeiro incômodo, pois, pelas regras da vida comum, ser normal é viver de acordo com as normas e padrões dos valores vigentes que o grupo determina para os que vivem naquele meio.

Mas regras nunca foram permanentes em qualquer sociedade, pois, o homem evolui sempre através dos processos naturais, dos estímulos externos que recebe e dos mecanismos psíquicos que possui, tal como os reflexos condicionados.

A mediunidade é um meio (mecanismo) que todos os seres (espíritos encarnados) possuem, é através dela que se pode sentir e perceber coisas não visíveis e não explicáveis via os meios tradicionais (visíveis). Portanto, não se pode avaliar ou analisar determinados fenômenos ou comportamentos com base apenas na literatura comum, é necessário pensar, pesquisar com uma visão mãos ampla, para que possamos começar a viver mais próximos de um mundo que realmente nos cerca e atua sobre todos nós.

Quando aí mergulhamos, acabamos descobrindo uma inter-relação entre seres, quebramos o código do inverossímil, do impossível, do negado para todos, que só é possível para os manipuladores do comportamento humano e do poder interesseiro. Passamos a conhecer e lidar direto com elementos e fatores que nos interessa, enquanto conhecimento e auto modificação na forma de pensar e mudar a partir de nós os nossos destinos.

Fernando, Antonio e Clemente -
Palestra no CEIA (Centro Espírita Irmão de Assis) - Itatiba/SP


Quando surgem as obsessões que se caracterizam como pensamentos repetitivos e fixos, trazendo grande desconforto aos seres (as quais muitas vezes chamamos de patologia), é muito difícil serem identificadas como ligação mental de espíritos (seres desencarnados) e pessoas (seres encarnados), pois a base (verdade) determinada pelo meio em que vivemos é que espíritos não existem, ficando o obsediado a mercê (induzido mentalmente) de seres incorpóreos pensantes.

As características das obsessões são variadas e sutis, mas existe sempre um ponto comum entre cada uma delas, o constrangimento que traz àquele que se encontra subjugado a tal influência, pois, não consegue assumir o controle total do seu pensamento e se vê invadido por uma vontade (sempre através do pensamento) de pensar, fazer e realizar coisas que na maioria das vezes é contraria a sua vontade.

Em qualquer tipo de obsessão, sempre encontramos consequências não uteis ou danosas, pois, a origem é sempre mal intencionada, pressupondo a existência de seres incorpóreos e pensantes vamos encontrar intenções maléficas (como na vida comum quando lidamos com pessoas de má fé) oriundo de possíveis contendas do passado, fixas em sentimentos que as almas carregam pelo tempo até hoje.