quarta-feira, 22 de maio de 2013

Número de mulheres alcoólatras cresceu

Reportagem do Jornal AGORA - 11/04/2013
Mulher está bebendo mais, diz pesquisa

A relação perigosa entre as mulheres e o álcool

“O número de brasileiras que bebem de forma exagerada e prejudicial à saúde cresceu 36% entre 2006 e 2012, de acordo com a 2º edição do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas da Unifesp, divulgado ontem”.

São vários os fatores que podem ter ajudado no aumento do consumo de bebidas alcoólicas por parte das mulheres: necessidade de igualdade dos sexos; influência social; sobrecarga de trabalho e estresse, entre outros.

Na atualidade, há um forte movimento feminista em torno da igualdade dos sexos. As mulheres passaram a incluir a bebida em seus momentos de descontração e diversão, assim como muitos homens, a ida semanal ao ‘barzinho’ com as amigas passou a ser comum. Além disso, cargos e salários melhores proporcionaram uma renda extra, e elas sentem como se tivessem conquistado o direito de independência do homem para se divertir.

Sendo assim, antigamente quando seus parceiros bebiam, elas dirigiam. Agora querem igualdade, ou seja, dividir a responsabilidade na direção do carro. A fama de que a mulher é mais cuidadosa ao volante também diminuiu depois que casos com envolvimento feminino em acidentes de carro, inclusive fatais, aumentaram. Entretanto com a Lei Seca, de acordo com números da pesquisa ilustrada na reportagem, o número de motoristas que dirigem após beber diminuiu.

Mudanças no estilo de vida das mulheres, que as deixam sobrecarregadas de trabalho e estressadas, também influenciam nos novos hábitos, elas bebem para relaxar e esquecer, mesmo que momentaneamente, os problemas no trabalho e em casa. E a indústria de bebidas já percebeu isso, e vem investindo em propagandas para elas.

O organismo feminino é mais vulnerável, absorve e metaboliza o álcool de forma diferente da dos homens, e por isso elas sofrem mais rápido os efeitos nocivos da bebida. De acordo com estudos, os homens levam 15 anos para ter problemas no fígado, e as mulheres 5 anos. Além de ter mais dificuldade em se abster, correm mais riscos em desenvolver doenças cardiovasculares, câncer de mama, osteoporose e distúrbios psiquiátricos que podem levá-las à ideação suicida e até mesmo a perpetrar o ato.

E não podemos deixar de citar os riscos no caso de consumo do álcool durante a gravidez. As seqüelas para a criança podem ser irreversíveis já que o álcool passa ao feto pela placenta, e seu fígado ainda em formação demora muito mais para metabolizá-lo. Deve ser evitado também na amamentação, pois passa pelo leite. Abortos espontâneos, trabalho de parto prematuro, e a SAF, Síndrome Fetal do Álcool ou Síndrome do Alcoolismo Fetal: retardo no crescimento intra-uterino, retardo do desenvolvimento neuropsicomotor e intelectual, distúrbios do comportamento -irritabilidade e hiperatividade durante a infância, diminuição do tamanho do crânio (microcefalia), malformações da face, pés tortos, malformações cardíacas e maior sensibilidade a infecções, são outras conseqüências. Inclusive há estudos que indicam até infertilidade depois de adultos.

Nem todas as mães que bebem terão bebês com algumas seqüelas, porém qualquer quantidade de álcool é um risco. A criança pode crescer com predisposição ao alcoolismo, e inclusive síndrome de abstinência. Onde está a consciência da mãe para com este ser?

Essa visão de igualdade e independência é distorcida e ilusória, a partir do momento que a mulher precisa se comportar igual ao homem para obter êxito. Igualdade não significa fazer tudo igual, mas sim ter liberdade nas escolhas, e direito a conquistas positivas dentro da sociedade: no trabalho, no trânsito, nos esportes, em casa. Mulheres são seres diferenciados, presenteadas com o dom de gerar outras vidas, e precisam desenvolver uma consciência centrada nos valores positivos da vida, deve-se haver uma educação preventiva desde a infância, para assim entenderem seu verdadeiro e magnífico valor perante a sociedade.

Já que causa alterações no organismo e dependência, o álcool é considerado sim uma droga. A pessoa através da mediunidade que todos possuímos, emana fluidos impregnados, atraindo espíritos obsessores desencarnados em busca desta energia para alimentar sua dependência. Outro fator é a ectoplasmia: absorção do fluido vital pelos espíritos dependentes químicos, que o absorvem junto com a droga aumentando suas necessidades psíquicas criando uma simbiose, entre eles e o médium, tornando-se verdadeiros vampiros a sugar suas vítimas.  O álcool cria uma lacuna no espírito, causa sofrimento e transtornos na vida daquele ser e das pessoas próximas, desagrega famílias, simplesmente acaba com muitas existências.

O alcoólatra precisa aceitar sua doença, e querer o tratamento. O processo de desintoxicação é muito sofrido, passando pela internação e síndrome de abstinência. E mesmo assim, sempre que tiver contato com a bebida poderá ter recaídas. A Doutrina Espírita não proíbe o uso da bebida alcoólica, mas adverte seus males e possíveis conseqüências negativas. A Doutrina Espírita é um excelente caminho na busca pelo despertar da consciência, e de um bom norteamento para o futuro da humanidade.


Autora: Priscila Dias (Assessora) com complemento do Dr. Antonio Dias

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