quinta-feira, 2 de julho de 2015

O Padrão do Bobo Alegre



O padrão do bobo alegre


          Viver por viver não é o que qualquer pessoa, cidadão de rua gostaria, mas, o que fazer diante das propostas chulas que o sistema propõe: recusar-se permanentemente do bombardeio de informações que qualquer pessoa recebe ao interagir com o meio no dia a dia ou simplesmente aceitar tudo como ideias possíveis de serem absorvidas e usadas como forma de crescimento para um futuro melhor?

          O que sei e percebo é que existem divisões de classes, perfeitamente visíveis por tudo que ocorre em nosso meio, diferenças de direitos e deveres, pois, que as classes privilegiadas tem acesso a muito mais que outras.

          O que deve ficar claro é que essas divisões atualmente não servem pra nada, pois, tudo o que não é desenvolvido, subsiste, e o que não evolui, fica estagnado na ignorância do progresso, surgindo evidentemente a marginalização que fatalmente conduz milhares ao anonimato, a descrença alimentando inúmeros guetos, bolsões de pobreza, formado por inúmeros seres humanos, que vivem sem objetivo e sem direção, estimulo a revolta e baixa estima, e consequentemente parte para criminalidade.

          Sabemos perfeitamente que este modelo está falido há muitos anos, e é fruto da ambição e do egoísmo de alguns homens que movidos pela perversidade e ignorância espiritual criam para muitos o não ser para si mesmos. Para se alimentarem continuadamente da satisfação de poder mórbido, enganam milhares através de artifícios, afirmando que verdadeiras mentiras são verdades, e verdadeiras verdades são mentiras.

         Para dar continuidade a este padrão continuam alimentando a imaginação do povo de mitos religiosos, de verdades fictícias, de ilusões inalcançáveis, afirmando que é possível. E dentro deste padrão foi criado o personagem do Bobo Alegre, o perfil do homem que tudo pode e é capaz de realizar todos os sonhos, é a mitificação de valores, o mais idiota dos homens se sente realizado através de rituais na vida comum e para sentir-se tal se submetem as mais ridículas situações, colocando-se a disposição das ideias e sugestões das propostas do sistema.

         Assim surge o Bobo Alegre, consumidor compulsivo, sorri sem motivo, procura acreditar sempre, mesmo que nada seja útil, desprovido de senso crítico aceita tudo como verdadeiro, é profundamente infantil e precisa deixar-se sempre ser levado, acabando na trajetória de muitos, que muito tempo mais tarde descobriram que o trem da vida real há muito tempo passara por ali...

A.Dias

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