quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Primeira parte por Antonio Dias / Primeiro encontro 'Projeto Vida Nova' : A dependência química e seus aspectos físicos, mentais e espirituais

Obra da Casa de Repouso Nosso Lar em São José dos Campos em 17/08/2013



Primeira parte – Antonio Dias

“A dependência química e seus aspectos físicos, mentais e espirituais”

1º Encontro Projeto Vida Nova – Realizado pela Casa de Oração Missionários da Luz
Local: Obra da Casa de Repouso Nosso Lar em São José dos Campos em 17/08/2013


Iniciamos o trabalho com a belíssima apresentação do grupo de “rock sinfônico” Chaves da Luz, com Kethelin Cocchi e Felipe Rico. (http://www.chavesdaluz.com.br/)

O psicólogo Antonio Dias foi convidado para palestrar sobre o tema “A dependência química e seus aspectos físicos, mentais e espirituais”, colaborando assim com o Projeto Vida Nova, que assiste familiares e usuários de drogas em São José dos Campos.

Primeiramente é importante citar o fato de que o adicto pode vir a apresentar uma predisposição espiritual (vidas passadas) ou genética (‘herança’ de família), e também que o uso pode ser ocasional ou habitual, não deixando de ser um vício. Ele sempre será um adicto, mesmo que pare de usar, afinal estará sempre exposto a situações que toquem seu inconsciente (memórias). As drogas, elementos naturais ou sintéticos que quando inseridos no organismo podem vir a causar dependência, podem ser ilícitas (cocaína, maconha, lança perfume, heroína, LSD, ecstasy, crack entre outras) ou lícitas (cigarro e bebida alcoólica).

Grupo Chaves da Luz com Kethelin Cocchi e Felipe Rico


A dependência química atinge pessoas de todas as classes sociais, influenciadas pelo sistema em que vivemos que limita os elementos construtivos nos meios de comunicação, escolas etc, e estimula a psique das pessoas com vícios destrutivos, para que elas simplesmente não pensem, controlando assim suas mentes e comportamentos. A mídia tem forte participação nessa mobilização social, mostrando em filmes, novelas, séries e programas, ‘adictos’ lícitos ou ilícitos bem sucedidos, de beleza exterior invejável, com uma vida feliz! Além da propaganda que para vender, omite alguns fatos e cria uma falsa realidade.

Muitas pessoas usam drogas por falta de personalidade, para se enturmar com a ‘galera’,ou para não sofrer bullying por ser ‘careta’. No início muitos sentem um estímulo agradável. Cria-se uma verdadeira energia mental, que atrai quem está de fora, e não deixa sair quem está dentro. Geralmente, essa corrente só é rompida na fase de adulto, quando a maturidade chega através de uma combinação de ética e personalidade desenvolvida por uma formação construtiva. Sem essa formação de identidade, o ser não pensa, não tem ação reflexiva. Encontramos hoje em dia muitos adultos, idosos inclusive, que sentem uma opressão psicológica, um vazio existencial que chega com a idade, e começam a usar drogas para ‘não ficar de fora’ do mundo em que vivem, um absurdo, pois já deveriam no mínimo ter formado uma opinião inteligente sobre os fatos da vida.

Nos grupos há também uma diferença entre a personalidade masculina e feminina. Eles são os ‘machos’ do bando, que precisam mostrar força e coragem, são mais brutos e ásperos, desajeitados e infantis. Enquanto elas são mais sensíveis, vaidosas, detalhistas, possuem mais jogo de cintura, poder de sedução e manipulação, são mais espertas e perspicazes. Através de pesquisas, descobriu-se que elas estão consumindo mais álcool e tabaco, e eles as drogas mais pesadas. Entre os jovens o narguile é a ‘onda do momento’, um artifício onde fumam desde tabaco com aromas a drogas, mas não sabem que uma hora fumando narguile equivale ao consumo de 100 cigarros! 

Psicólogo Antonio Dias e a platéia


Sendo assim, os pais não podem deixar seus filhos nas mãos do sistema, da ilusão, dos coleguinhas... devem chegar primeiro à mente das crianças, ensinando-os a pensar, refletir sobre o que é bom e ruim. Auxiliando na formação de suas identidades, evitando que entrem num caminho muitas vezes sem volta. O uso das drogas cria uma síndrome de despersonificação, lacunas na mente, a pessoa nunca mais será a mesma, geralmente não desenvolvendo sua identidade, criando uma personalidade infantil. No momento do desencarne, há uma deformação perispiritual, aquele ser chega ao plano espiritual completamente comprometido para suas próximas existências (pré-disposição inata), mesmo com um tratamento espiritual.

De acordo com Allan Kardec todos somos médiuns e temos a capacidade de intermediar os espíritos em maior ou menor intensidade, e o uso de drogas desarmoniza a parte orgânica e psíquica, bloqueando totalmente esses sentidos. Inclusive, os médiuns que são passistas devem ter a ética de não usar essas substâncias. Ou então, coloquem uma placa “Bebo, fumo e uso drogas, quer tomar um passe comigo?” Parece brincadeira, mas é fato!

Todos nós emanamos fluídos vitais, chamado ectoplasma. Espíritos desencarnados e obsessores ex usuários precisam da emanação desses fluidos, induzindo o médium ao uso das drogas, passando a ser uma relação simbiótica.

‘A vida é a maior pegada!’ Deus constrói, e nós regamos. É essencial que as pessoas pensem, pois quem pensa evolui. Criar uma personalidade madura, independente dos modelos pré- determinados pela sociedade, com base nos valores construtivos e reais. A Doutrina Espírita é uma grande aliada no despertar da consciência.

Reflitam a necessidade de identificar os valores que formam, educam, e levam a coisas boas e produtivas. É preciso pensar no futuro, e na importância de se desenvolver um sentido para sua existência, nada é mais importante do que a alma, e o caminho do bem ajuda na formação da nossa identidade, e a ter a chance de ser uma pessoa feliz, pois: “A vida é e sempre será o maior bem da nossa existência!”

A. Dias

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