quinta-feira, 6 de julho de 2017

Amigos Anônimos de Rua

Todas as fotos são de trabalhos feitos pelo grupo AFFA em São José dos Campos
às quintas feiras a noite com moradores de rua

          Nas ruas da vida, andamos, caminhamos, vemos muitas pessoas tão comuns, famílias inteiras que passam, com seus objetivos e sonhos, sempre repletos de esperança de dias bons e melhores, também vemos muitas crianças em tenra idade mostrando sorrisos largos e muito alegres, enfim, homens, mulheres, muitos que em suas intimidades jamais poderão prever o futuro que daqui a pouco abrirá a porta que os levará a experimentar o caminho da vida real, assim passam milhões, alguns com mais, outros com menos conhecimento dos fatos, mas com algo comum: todos são seres humanos, espécie inteligente, possuidores de discernimento e sentimentos , pois, todos percebem, pensam, sentem. 






          Mas, comumente nos deparamos com pessoas, que em número cada vez mais crescente, se vêem sentados, deitados, em bate papos com conversas soltas, proseiam, pelas ruas do cotidiano e quando apuramos um pouco mais nosso olhar, percebemos que não eram só alguns, são muitos, e se não bastasse, mulheres com crianças vivendo em tendas de lona, em cantos, lajes, sob pontes, barracos improvisados, tentando sobreviver de alguma forma, sem nenhuma estrutura ou proteção, sem uma condição digna de sobrevivência, e a tragédia continua, acrescida pelo uso de drogas licitas e ilícitas variadas, que chegam para todos pelas vias do inconsciente coletivo, como único meio de não ver, não sentir, não perceber a realidade, de si mesmo, porque neste momento é melhor fugir para um mundo onde não existe e não se tem a menor possibilidade de pensar, escolher e discernir sobre a vida que os rodeia, e não é essa a única certeza do que temos desta realidade, pois, são incontáveis as causas que os levam a esta situação caótica , são inúmeros os motivos que os fazem desembocar pelas ruas sem rumo, sem direção, sem futuro ou esperança de serem apenas um ser humano com dignidade.







           É a rua sem fim, moradia de muitos que sem tempo de perceber ou pensar em uma saída, já estão ali, e neste vale de dor e profunda solidão ficam, e vão ficando todos os dias até que um dia desapareçam, e reste apenas o local para outros, triste realidade humana, quando sabemos que deveria haver outros caminhos com uma politica mais humana e equitativa nos meios de sobrevivência, pois, sabemos que recursos não faltam, falta sim solidariedade humana de poucos que na insanidade do ter, muito acumulam os tesouros e bens da ignorância acadêmica, pois, foram formados no conhecimento do egoísmo.









           Mas sempre surgem aqueles que procuram abrir e olhar pela janela da solidariedade, pois, criam e procuram com poucos recursos, dividir, um momento de calor humano e esperança para essas almas desvalidas, saem à noite levando um momento contido de amizade e amor fraterno como também um pedaço de pão, bolo, sopa ou um chocolate quentinho para aquecer momentaneamente a alma de esperança, pois, o dia seguinte sempre virá...

Fazendo-nos não esquecer

Que toda natureza humana,

É contida de sentimentos

E muitas necessidades que sempre vem no dia a dia,

Para fazer com que jamais esqueçamos,

Que a supremacia do ato fraterno

Entre seres humanos

É a única porta que conduzira a todos,

A plena consciência de que o 

Único caminho que nos resta

É o amor sem fronteiras..............

A.Dias

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