terça-feira, 21 de março de 2017

"Sempre é possível, quando queremos"

Pedro Henrique, filho do Psicólogo Antonio Dias,
 portador de Síndrome de Donw

Dia Internacional da Sindrome de Down


          Em um mundo de tantas diferenças e equações para a busca de uma solução possível para nos aproximar como seres, encontramos sempre impossibilidades dentro do modelo atual da convivência humana.

          Grandes transformações tecnológicas, avanços extraordinários em todas as áreas, mas, acho que não podemos esquecer-nos do nosso principal objetivo no planeta, que é viver para evoluir permanentemente no sentido da alma, para trazermos a real e verdadeira natureza cósmica à luz da consciência coletiva, ai sim poderemos entender que diferenças nunca existiram e jamais poderão existir, pois, o maior significado do viver esta contido na liberdade e nas possibilidades que cada um traz ao nascer.

          Seria o código genético o grande responsável pela maneira de cada um sentir e se comunicar? Talvez se começássemos a olhar melhor uns aos outros, poderíamos perceber conteúdos mais significativos que nos sinalizariam caminhos alternativos, muito diferentes dos muitos atuais que não dão continuidade, e sugerem apenas competição, diferenças e exclusão.

          Basta nascer de uma mãe e vir ao mundo para experimentar a vida em seus variados aspectos, é assim que milhares de seres desembarcam por aí, muitos chegam especiais, por tudo que trazem em sua bagagem, alguns alguma coisa, outros muito pouco, mas apresentam a inquestionável e inegável característica humana: sentimentos, pensam, sorriem, tocam, falam, choram, aprendem sempre dentro de suas possibilidades, iguais em tudo a nós, mas precisam apenas serem abraçados para que possam dar os primeiros passos em direção de si mesmos.

          Cada um ao encontrar-se passa a expressar-se do seu próprio jeito, criando e inovando a cada dia. Talvez seja esse olhar que ainda falta para abrirmos a porta que nos levará a verdadeira redenção humana, a aceitação incondicional do outro, acredito que somente assim tais diferenças desaparecerão do dia a dia e tantas pessoas (crianças e adultos) especiais portadores de Síndromes poderão transitar pelos passeios, parques, ruas, verdadeiramente livres abraçados pelo único sentimento que nos torna perante o universo, apenas um....

A.Dias



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