sexta-feira, 25 de abril de 2014

Semana Santa e a Doutrina Espírita



Semana Santa e a Doutrina Espírita


          Não existe páscoa na doutrina espírita, a qual não mantém a prática de cultos, rituais ou adoração de imagens. A Páscoa é uma festa católica, culminância da chamada Semana Santa (que deve ser vista com apreço, pelos espíritas, em respeito aos nossos irmãos católicos e de outras religiões cristãs). Nesta data algumas religiões comemoram a morte e a ressurreição de Jesus.

          Na Doutrina, sabemos que a morte é consequência do processo reencarnatório, que não tem nenhuma conotação especial a não ser a volta para o mundo espiritual, e, portanto, não há necessidade de se relembrar sempre com tristeza a data na Terra, e ao cumpri-la retornou a pátria espiritual, e, para isso, passou pelo processo desencarnatório chamado de morte (vide o cap. XV de “A Gênese”, de Allan Kardec).

          Na Páscoa é comemorada a ressurreição de Jesus por algumas religiões, mas sabemos que isso é impossível. O corpo carnal uma vez morto, jamais retorna à vida. Desde que haja o desligamento do períspirito e consequentemente do espírito, a matéria se torna inerte e não mais adquire vida. Jesus aparece a seus apóstolos após a sua morte em um fenômeno chamado materialização, onde seu períspirito se tornou visível para todos que estavam presentes.

          Nesses dias de festas materiais deve-se a lembrança de Jesus, que despojado de envoltório corporal, pôde retornar ao Plano Espiritual para lá, continuar “coordenando” o processo depurativo de nosso planeta. Longe de exaltar o sofrimento de Jesus, possa ele ser encarada por nós espíritas, como a vitória real da vida sobre a morte, pela certeza da imortalidade e da reencarnação, porque a vida, em essência, só pode ser conceituada como o amor, calcado no grande exemplo da própria existência de Jesus, de amor ao próximo e valorização da própria vida.

          Nesta Páscoa, quando estiveres junto aos teus mais caros, lembra-te de reverenciar os belos exemplos de Jesus, que o imortalizam e que nos guiam para, um dia, também estarmos na condição experimentada por ele, qual seja a de “sermos deuses”, “fazendo brilhar a nossa luz”. Comemore, então, meu amigo, uma “outra” Páscoa. A sua Páscoa, a da sua transformação, rumo a uma vida plena.

Trecho do artigo de Marcelo Henrique, Diretor de Política e Metodologias de Comunicação, da Abrade: Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo, e, Delegado da CEPA: Coordenação Espírita Pan-Americana. Fonte: site Terra Espiritual.

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